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Início » 2016 » Janeiro » 24 » A Fome no Mundo
4:03 AM
A Fome no Mundo
O World Hunger Education Service (Serviço Mundial de Educação contra a Fome) cita um dado da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação que diz que, em 2010, (já estamos em 2016), 925 milhões de pessoas no mundo estariam "com fome). Ásia e Pacifico têm 578 milhões de pessoas desnutridas e com fome; a parte subsaariana da África tem 239 milhões; a América Latina e o Caribe, 53 milhões, o Oriente Médio e o Norte da África 37 milhões; e os países desenvolvidos", 19 milhões. Esses números não identificam a fome, e sim a desnutrição e a fome extrema. A mesma fonte afirma que, utilizando a má formação no crescimento como critério, 70% das crianças passando  "fome" estão na Ásia, e 26%, na África. Quando as mães não recebem alimentos suficiente, seus bebês sofrem terrivelmente, não só enquanto são bebês e crianças pequenas, mas, se viverem até idades mais avançadas, estarão suscetíveis à doença mental e ao retardo, à cegueira e a muitos outros problemas.

Kwashiorkor
Termo que foi usado pela primeira vez em Gana, em 1930, kwashiorkor pode ser traduzido mais ou
menos como "mal do primeiro filho quando nasce o segundo", quando a criança deixa de mamar no peito da mãe precocemente e, por causa disso, cresce seriamente doente. Ela afeta principalmente crianças com menos de 5 anos de idade. É uma forma grave de desnutrição proteica em crianças causadas por dietas sem carne ou produtos animais. 
Crianças com kwashiorkor sofrem de mau funcionamento do fígado, baixa imunidade, anemia e, se não for tratada, eventualmente, de choque, coma e morte. Enquanto kwashiorkor atinge principalmente crianças com menos de 5 anos, uma doença causada pela fome similar a chamada marasmo afeta crianças com menos de 2 anos. Normalmente é resultado de insuficiência de leite materno ou leite de vaca diluído e/ou insalubre.

Marasmo
O marasmo é uma manifestação da fome, da inanição e da alimentação inadequada. Da mesma forma que acontece com quem tem kwashiorkor, uma criança com marasmo é incrivelmente magra e atrofiada, tem o cabelo esparso e o rosto semelhante ao de um homem velho. O marasmo também é conhecida como a doença dos bebês, afeta crianças com menos de 2 anos. O marasmo causa má formação durante o crescimento, magreza extrema, queda de cabelo e o tipo de desnutrição que pode levar à doença mental, retardo e outros problemas sérios. Lembrando que, durante a primeira infância, o cérebro cresce muito e se for atrofiado pela desnutrição os resultados geralmente são desastrosos. O marasmo pode ser causado pela falta de leite materno ou uma composição fraca ou ruim de leite. Em suma, normalmente é atribuída à falta de nutrição em geral, enquanto kwashiorkor se refere especificamente à falta de proteína na dieta.
Geralmente visto em crianças menores de 2 anos de idade, o marasmo causa pele seca e escamada, irritabilidade, apetite extremo e perda de pigmentação do cabelo.  Kwashiorkor é mais grave, pois o corpo não é mais capaz de absorver nutrientes, fazendo a criança vomitar, ter diarreia e contrair infecções facilmente.
Em seu discurso de 1858 no Hospital para Crianças Doentes, em Great Ormond, em Londres, Charles Dickens descreveu sua memória de uma criança com marasmo:

...em uma velha caixa de ovo, um pouco fraca, acabada e pálida, havia uma criança doente. Com seu pequeno rosto acabado, suas mãos pequenas, quentes e desgastadas dobradas sobre o peito e seus olhos atentos e com pouco brilho, posso vê-lo agora... com o olhar fixo em nós...o pequeno corpo do qual ia partindo lentamente... deixando sozinho, fraco e cheio de dor... aguardando longamente pela morte... como se não houvesse vida, movimento e vigor em todo o mundo, nada além de paralisia e decadência... meu pobre amiguinho caído em sua caixa de ovo... Eu sempre o via e me perguntava o que isso significava, e por que, em nome de um Deus gracioso, estas coisas deviam ser assim!

Marasmos é a doença do bebê,enquanto kwashiorkor é a doença da criança ligeiramente mais velha. O prognóstico para uma criança com marasmo pode ser melhor do que uma com kwashiorkor, mas o sofrimento não é menor. Infelizmente, crianças com fome estão entre nós desde sempre. É horrível quando adolescentes e adultos morrem de fome. Quando são bebês e crianças pequenas, é quase insuportável de pensar.

Em 1940, os alemães conquistaram uma área densamente povoada dos Países Baixos, importante por ser produtora de alimentos. Sob o controle dos nazistas, as pessoas passavam fome, cada uma consumia aproximadamente 1.00 calorias por dia. Em 1944, as forças aliadas entraram na Holanda e, para ajudá-los, o governo holandês que estava exilado em Londres ordenou uma greve de ferroviários na Holanda. Em retaliação, os nazistas boquearam a importação de qualquer alimento para a área. Marcado na história como o Inverno Holandês da Fome, o embargo de alimentos de outubro de 1944 até maio de 1945 matou muitas pessoas, que literalmente faleciam nas ruas.
Graças aos excelentes arquivos holandeses, pesquisadores de inanição em bebês, na década de 1960, foram capazes de examinar centenas de milhares de de casos documentados de nascimento do sexo masculino durante o Inverno Holandês da Fome e também tiveram acesso aos registros militares holandeses dos homens sobreviventes nascidos naquela época.
Os pesquisadores holandeses concluíram que as mortes dos recém-nascidos e a infertilidade dispararam devido à fome das mães. Por exemplo, aquele período registrou apenas um terço das taxas de parto normal em circunstâncias habituais. Além disso, dos bebês que chegaram a nascer houve um grande número de mortes.
No primeiro trimestre, as mães desnutridas carregam fetos que correm grande riscos de ter sistemas nervosos centrais anormais, e os abortos espontâneos são comuns.No terceiro trimestre,quaisquer fetos sobreviventes têm pesos extremamente baixos e, se os bebês nascerem,eles tendem a morrer nos primeiros meses. Dos bebês do sexo masculino que nasceram durante o Inverno Holandês da Fome e chegaram ao serviço militar no fim da adolescência, os pesquisadores encontraram uma ocorrência maior do que o normal da espinha bífida, de paralisia cerebral e de hidrocefalia. No entanto, os bebês sobreviventes eram mentalmente competentes e tinham inteligência normal, o que levava à conclusão de que os nascidos com dano cerebral tinha morrido. Estudos posteriores sobre a mesma época feitos na década de 1970 sugeriam uma correlação direta entre a fome pré-natal/infantil esquizofrenia, paranoia e psicoses. Em 1995, o Hospital Universitário Utrecht, na Holanda, (os arquivos deste hospital são sinistros),  e a universidade de Columbia uniram forças para estudar por que a fome pré-natal resulta em maior risco de esquizofrenia. Essa pesquisa encontrou um "pico na esquizofrenia" entre os bebês no primeiro trimestre concebido durante o Inverno Holandês da Fome. Mais recentemente em 2010, a Universidade de Leiden em parceria com a Universidade de Columbia, chegaram a conclusão de que "as pessoas de 60 anos que foram concebidas durante o Inverno Holandês da Fome tinham a configuração molecular diferente de um gene que influencia o crescimento". Assim,a fome pré-natal no primeiro trimestre também pode alterar o material genético do feto. Esse estudo em particular aponta que o código genético está ligado ou desligado é que muda.
É possível que a mutação permitia que o sobrevivente se  adapte rapidamente à desnutrição ainda no útero. No entanto, a fome entre as crianças não ocorreu apenas naquele período e, infelizmente, tem sido muito comum ao longo dos tempos.
Nos últimos dois séculos, doenças de fome como o marasmo foram causa de muitas mortes na infância. De acordo com a doutora Jacqueline Hansen, especialistas em infância da Universidade Murray State: "A taxa de mortalidade infantil, ou marasmo, entre órfãos, muitas vezes chegou a níveis inacreditáveis. Em 1915, o doutor JHM Knox afirmou que 90% dos órfãos americanos morreram". A BBC News escreveu em junho de 2008 que, na Etiópia, "por volta de 4,5 milhões de pessoas precisam de assistência de emergência... não há comida suficiente no país".
No Haiti, a fome é comum entre lactentes e crianças, pois eles já estavam morrendo de fome antes do terremoto. Existem regras de "etiqueta" da fome, no Haiti, por exemplo, se roubar comida, você pode ser morto, e os alimentos roubados ou pilhados por crianças morrendo de fome devem ser compartilhados com a comunidade. O  The New Yor Times estimou em janeiro de 2010 que "dois milhões de haitianos precisam de assistência alimentar imediata". E poderíamos continuar com as estatísticas preocupantes, mas o ponto é o seguinte. No mundo, ao longo da história e até hoje, nossos líderes e governos são responsáveis pela fome e pelas mortes de milhões de crianças inocentes. Mas será que culpamos realmente os nossos líderes e governantes por isso? Por essas mortes? Ou vamos continuar com os olhos fechados para a situação enquanto estamos isolados das realidades terríveis, deixando nossos líderes e governantes continuar a aprovar e apoiar as políticas que ocasionam a fome no mundo?

Categoria: Artigos | Visualizações: 576 | Adicionado por : Fithoslusec | Tags: Textos | Ranking: 5.0/1
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