Labirinto A magia do Tempo é um filme dos gêneros aventura musical e fantasia, dirigido por Jim Henson e produzido por Eric Rattray em conjunção com George Lucas. O filme foi lançado em 1986 e foi um fracasso enorme de bilheteria. Era uma aposta e alta,mas com os grandes nomes envolvidos o risco foi lançado. Anos depois o filme foi reconhecido como um clássico em seu próprio caminho, um clássico que tem sido parte do universo geek em uma geração e gerou grandes lucros nas vendas em VHS, DVD e BLURAY.
O filme tem como protagonista Sarah Williams (Jennifer Connelly), uma jovem que gosta de peças teatrais, em especial as de fantasia. O filme se inicia com Sarah interpretando uma cena de um livro, Labyrinth, no jardim de um parque perto de sua casa. Naquela noite teria que cuidar de seu irmão, Toby (Toby Williams), ao qual não demonstra muito afeto. Ao voltar para casa tem uma discussão com sua madrasta. Pois ela deveria estar em casa para cuidar do seu irmãozinho Toby. Depois que seu pai e sua madrasta saem, ela percebe que a tempestade que se inicia está assustando Toby. Quando vai vê-lo, percebe que seu urso de pelúcia está no berço do irmão, e se revolta pois alguém o tirou de seu quarto. Retorna, então, ao seu quarto, com seu urso de pelúcia e chora enquanto começa a fazer citações de trechos de "Labyrinth" nos quais uma garota recebe poderes do rei dos goblins. Ela conta uma história, para o irmão dormir, sobre uma garota não suporta mais a situação de escrava em que se encontra e deseja que os goblins levem seu irmão embora, para sempre. Assim que termina a história, Sarah apaga a luz e diz inconsequentemente: "Eu quero que os goblins venham e o levem embora, agora!". Repentinamente, Toby pára de chorar. Preocupada, ela volta ao quarto do irmão e percebe que ele sumiu. Então, uma coruja entra pela janela aberta e se transforma em Jareth o Rei dos Duendes, (David Bowie), Jareth, que diz a Sarah que seu desejo fora realizado por ele. Arrependida, ela advoga o retorno de seu irmão. Para tanto, Jareth lhe dá treze horas para atravessar o labirinto que separa o mundo exterior do castelo dos goblins, onde Toby está aprisionado. Se Sarah falhar, Jareth transformará seu irmão, definitivamente, num goblin. Jareth fará de tudo para atrapalhar a vida de Sarah na busca pelo seu irmão. E é esta a premissa de Labirinto, bem simples e é aí que se encontra toda a magia do filme.
A jornada de Sarah é mais difícil que parece. O Labirinto é infestado das mais diversas criaturas.
armadilhas, passagens secretas e Jareth tem espiões por todo lado. Ela conta com a ajuda de Hoggle o anão, Ludo a besta gigante e o pequeno cavaleiro raposa Sir Didymus que segue montado sobre um cão (que por sinal parecido com o cão de Sarah) que a ajudam na travessia pelo labirinto. E não dá para imaginar o filme sem David Bowie. Ele compôs a ótima trilha sonora e representa de maneira sensual e assustadora o vilão Jareth.
Labirinto é um filme dos anos 80 por excelência que contém tudo o que amamos dos anos 80: música com sintetizador, efeitos CGI dos anos 80 e um David Bowie nos anos 80. O filme tem, de fato, tornado-se um clássico.
Alguns, assistindo o filme pela primeira vez, poderá perceber que é um filme totalmente infantilizado. Mas, realmente ele não é. O filme, com toda a sua inocência, tem várias mensagens, mas, o que predomina é a sensação de fantasia e magia que o filme proporciona. Todas as cenas do filme são criativas e há uma integração entre o cenários e os bonecos com movimentos complexos e mais naturalidade. Por exemplo, a criatura formada de mãos conversando com Sarah é impressionante. Assim como os bonecos que interagem com ela de forma natural e a interação dos humanos com os bonecos é perfeita fazendo com que o filme transpire vida e energia. As várias inspirações podem ser vistas nas cenas no quarto de Sarah. Entre os livros que se encontram lá estão, clássicos da literatura infantil como Alice no País das Maravilhas e Branca de Neve e os Sete Anões. O esquema geral do roteiro lembra bastante o livro Where The Wild Things Are (Onde Vivem os Monstros), presente na estante de Sarah também. Mas mesmo bebendo de tantas fontes Jim Henson conseguiu manter uma grande originalidade. Ele consegue deixar seu estilo em cada segundo do filme. Labirinto A Magia do Tempo mergulha os espectadores para um mundo de fantasia e maravilha. Como muitos outros contos fantásticos. Mas o filme encerra em seu simbolismo significados perturbadores. Labirinto descreve a programação de uma vítima de controle mental nas mãos de um manipulador sádico que nesse caso é Jareth, O Rei dos Duendes. Mas, aqui não vem ao caso para eu redigir sobre isso.
Labirinto A Magia do Tempo é a última grande obra dirigida por Jim Henson. Ele morreu quatro anos depois do lançamento, em 1990. Se ele ainda estivesse vivo veria o o Labirinto ganhar anos depois fama e status que não desfrutou no lançamento. E este filme merece e deve ser considerado um clássico, tanto da fantasia moderna quanto cult.
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