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CJ7 - O Brinquedo Mágico é um filme chines de ficção científica e comédia de Hong Kong co-escrito, co-produzido, estrelado e dirigido por Stephen Chow. Ele foi lançado em 31 2008 em Hong Kong.
Na trama, Ti Chow (Stephen Chow) é um pobre operário que trabalha na construção civil. Ele mora em uma casa parcialmente destruída com o seu filho Dicky (Xu Jiao). Chow está ansioso para economizar dinheiro para que ele possa manter seu filho em uma escola particular. Sendo que assim. irá garantir que a vida do garoto será melhor no futuro. Um dia, vasculhando o lixo Ti Chow encontra um tipo de bola e dá a seu filho. Esta estranha esfera veio de outro planeta e dentro dela se encontra uma estranha criatura e Dicky chama ela de CJ7...
 Stephen Chow é um ator e diretor muito peculiar em suas excentricidades, humor absurdo e situações impossíveis. Em CJ7 Stephen Chow colocou toda a sua força para trazer expressamente este filme para o público infantil voltado também para a filme família. Aponta valores que todos nós devemos ter em destaque. Para fazer isso, o diretor nos coloca em situações com os protagonistas, pai e filho, são pessoas humildes, que vivem como podem. O pai, um trabalhador mal remunerado, com o suor do seu trabalho se esforça para que seu filho possa estudar em uma escola particular, estudar e ser alguém na vida no futuro. No entanto, Dicky não é aceito por seus colegas e alguns professores, provavelmente por causa de sua condição social, o que nos dá muito o que pensar hoje. É isso é algo bastante sincero que sempre é possível encontrar nos filmes de Stephen Chow. Seus trabalhos não costumam vir cheios de recomendações dos “cinéfilos sérios”, ou, mesmo apesar dos efeitos especiais, mantém uma simplicidade muito evidente, ainda que muitas vezes os embates dos personagens sejam bastante grandiloquentes. Aliás, esse costume de retratar-se costumeiramente no papel de um mendigo parece colocá-lo sempre em uma situação tão deplorável que causa empatia ainda que seus personagens por vezes não sejam exemplos de integridade desde o início, tal qual foi em Kung Fusão (2004). Mas seu personagem em CJ7 lembra bem mais Shaolin Soccer (2001), ainda que dessa vez ele nem seja o protagonista.
CJ7 é uma incursão no humor, e não cinema de artes marciais com humor, mesmo que o humor possa estar em maior quantidade que as lutas. E nesse filme do cineasta, roteirista, produtor, e também ator, mais uma vez acumulando todas essas funções, ele é o pai do protagonista, Dicky Chow, interpretado pelo Jiao Xu, que é um ator mirim de muita competência.
Na trama, há um olhar raso poderia evocar uma espécie “Zathura” oriental, o envolvimento do guri protagonista é com um objeto espacial, que pra harmonizar com o contexto do filme é encontrado no lixo. E com o passar do filme qualquer similaridade com produções hollywoodianas vai se enfraquecendo, porque, apesar de não ser o mais genial dos filmes, CJ7 ainda assim conta com o estilo forte do seu diretor. Não é pelo fato de estar realizando um filme infantil que Stephen Chow abandona suas características. Aqui, ele nos apresenta um filme infantil voltado para a família.
Na história, a dupla de pai e filho, são pessoas pobres de baixas condições financeiras, e ainda assim, buscam viver com muita integridade, mesmo que o menino tente se adequar na escola, almeje o brinquedo caro que seus amigos "bullies" com jeito de máfia mirim podem comprar, e que sua figura paterna viva os conflitos de tentar garantir uma perspectiva melhor de futuro pro seu herdeiro (de bons valores, apenas. É só o que ele tem pra deixar, mesmo), e outros elementos que soam muito clichês, existe sempre o nonsense à espreita, e ele faz um diferença positiva que qualquer pré-conceito prefere negar. E as coisas mudam quando chega o estranho alienígena do espaço que agita o mundo de Dicky. Stephen Chow, aqui, mais uma vez interpreta um personagem, mas desta vez em um papel mais secundário, o personagem principal e dada toda a atenção ao pequeno Jiao Xu que interpreta perfeitamente o caráter de crianças pobres.
O foco central da história está na amizade de Dicky Chow, e CJ7, o alien batizado por ele, e que vai forçar o enredo rumo ao aprendizado que ele precisa pra justificar ao final do filme todos os percalços pelos quais o protagonista passou. Como solucionar as dificuldades da vida escolar, os desafetos na escola, nos interesses românticos inesperados, nas hilárias cenas de lutas e na interação de Dicky com a criatura espacial. CJ7 é uma fábula que pede do espectador o embarque na sua narrativa sem imaginar que aquilo é mais do que a diversão que oferece, e planta suas morais da história gradualmente.
Ainda que não seja nada inovador, e carregue umas falhas e limitações, certamente não é nada a ignorar essa contribuição do cineasta a um gênero de cinema que não costuma ousar nada na maioria maçante que é lançada mensalmente atraindo os ingressos das crianças e de seus adultos responsáveis. Porém, CJ7 é um longa capaz de arrancar risadas de adultos e das crianças, respeitar a memória afetiva de quem aprecia os filmes anteriores do diretor, contar uma história com mensagem valiosa pros espectadores bem mais jovens, e não se importar com o que pode parecer exagerado e incompatível com a canastrice de filmes infantis oportunistas nascidos pra ser blockbuster. Esse é só um filme infantil legal, que traz muito do cinema do seu autor tomando a cena de tantos em tantos minutos. O filme não apresenta surpresas em seu desenvolvimento. É muito previsível e sabemos muito bem como isso vai acabar, mas é certamente um bom filme entretenimento onde as crianças vão acabar desejando ter um CJ7.
 
Algumas de suas cenas são engraçadas como pai e filho mata matando baratas em seu "apartamento", É um entretenimento peculiar, onde se sabemos o estilo de Chow, certamente não ser surpreendido. Claro, isso não significa que ele é para todos, mas, pelo menos, fala sobre valores bons de família, onde um menino pobre, quando perguntado na escola, eles quer ser quando crescer, ele diz que prefere permanecer pobre, e não ser levado pelo brilho, os mais recentes brinquedos tecnológicos ou computadores. Dicky entende o que seu pai lhe diz todos os dias, onde apesar de ser humilde, não roubar e sempre dizer a verdade, hoje muitos valores que se devem aplicar aos seus descendentes.
Enfim, CJ7 O Brinquedo Mágico, é divertido. Achei essencial Stephen Chow colocar no filme o respeito pelos mais velhos. Valor que me parece que não existe mais. Ainda que Dicky seja um garoto um tanto indisciplinado e teimoso, vemos o valor que ele dá ao pai e aos professores. O mais estranho para mim nesse filme é quem faz o personagem de Dicky é Xu Jiao, uma atora chinesa que se caracterizou como garoto.
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